Ele remexe-se, pede-me que o liberte novamente,
"Não!" e a minha ordem impera, porque não o quero voltar a perder. Ele responde-me naquele tom sempre jocoso de quem anseia a minha tristeza porque é o pão dele,
"Pensei que estivesses feliz sem mim."
A felicidade é subjectiva, penso eu.
"Mas estás aqui agora. Se voltaste, é porque me queres." remato eu
"Volto porque chamas pelo meu nome." finaliza ele.
Suspiro, a sensação amarga da derrota paira nos meus lábios já selados de destino.
"Faço-te triste?" questiona ele, e os olhos cinzentos encontram os meus.
"Fazes-me feliz." respondo eu, embriagando-me com a sua essência a flor de cerejeira.
E se só estou feliz, estando triste?
Mergulho em ti para descobrir, Gabriel.
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