terça-feira, abril 13, 2010

riqueza de moço

Dei meia volta sobre mim mesma e sorri-te. Um sol matinal espreitou pelas cortinas da janela do teu quarto e sentei-me no parapeito, encostando-me às portadas entreabertas.
Sorriste-me, e o mundo na minha mente encheu-se de luz. O teu sorriso, como sempre, faz o teu rosto dançar num passo de tango apaixonado, preso à pureza de um querubim.
E ao caminhares para mim, estendo-te os braços num abraço que te transmita o meu desejo por ti: não um desejo carnal nem espiritual, mas o desejo de te observar a sorrir para sempre.
Deitas a cabeça no meu peito e os meus dedos entrelaçam-se nos teus caracóis negros. Amo-te com um beijo na testa, como uma irmã faria a um irmão, e sussurro-te,
Sorri mais uma vez.
Tu acedes, rindo-te, e indagando-te inocentemente porque to peço tantas vezes.
E sorris mais uma vez, os teus olhos dançando nos meus, numa felicidade muda.

Ao som de Nunca Parto Inteiramente, do genial Manel Cruz.
Inspirado & dedicado ao sorriso mais genuíno que vi nos últimos tempos, e que só agora me apercebi dele!

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